Rivais empatam em clássico de nível ruim
Atlético e Cruzeiro estiveram em tarde pouco inspirada no Mineirão
Atlético e Cruzeiro ficaram no empate por 0 a 0 neste domingo, no Mineirão, em jogo válido pela sétima rodada do Campeonato Mineiro. O primeiro clássico do ano deixou a desejar pela baixa qualidade técnica e pelo aproveitamento ruim dos dois rivais nas conclusões.
O empate para o Atlético teve um gosto amargo. O time de Geninho dominou a maior parte do primeiro tempo e ficou incompetente ofensivamente. Na etapa final, o Cruzeiro viveu um drama, com três jogadores contundidos que não podiam mais ser substituídos, e nem assim os alvinegros conseguiram marcar.
O jogo
O Atlético foi superior no primeiro tempo, principalmente porque teve mais atitude que o Cruzeiro. O time dirigido por Geninho se posicionou melhor, ganhou a maioria das dividas e dos rebotes, e conseguiu ter maior posse de bola nos 46 minutos iniciais. O grande dilema dos alvinegros foi o ataque. Apesar de chegar com facilidade à intermediária adversária, o volume de jogo não foi traduzido em chances de gol. Fábio fez apenas uma defesa.
O Cruzeiro chegou com perigo apenas aos seis minutos, em chute cruzado de Wagner. A submissão na partida ficou mais evidente dos 10 aos 32 minutos, período em que o time de Adílson ficou acuado e não foi nenhuma vez à área do goleiro Juninho. A defesa celeste passou por momentos de apuros, principalmente pelo lado esquerdo, muito explorado pelo atacante atleticano Danilinho. Marcelo Moreno e Ramires, homens em que a torcida azul depositava grande esperança, foram meros espectadores no campo.
O jogo ainda se tornou difícil para o Cruzeiro pelas perdas do atacante Guilherme, aos 19 minutos, e de Charles, aos 32, por contusões. Eles foram substituídos por Marcinho e Sandro.
Em resumo, faltou qualidade ao Atlético nas conclusões. No Cruzeiro, que teve o meio-de-campo dominado, não houve criação.
Lances
O único lance de perigo do Cruzeiro ocorreu aos seis. Wagner foi lançado na área por Jadílson, bateu violentamente de perna canhota e a bola passou por toda a boca do gol sem ser desviada.
Danilinho levantou a torcida do Atlético aos sete e aos oito minutos com dribles sobre o equatoriano Espinoza. A continuidade das duas jogadas foi prejudicada por conclusões erradas.
Coelho desperdiçou a chance de abrir o placar aos 18, quando tinha todo o campo de ataque para progredir, mas parou ao achar que havia impedimento. Fábio se aproveitou e fez o corte com os pés.
Dos 10 aos 32 minutos, o Atlético teve domínio total do jogo. Aos 22, Márcio Araújo assustou com chute que saiu à direita de Fábio. Aos 28, o volante atleticano teve outra tentativa, sem ângulo, e obrigou o goleiro cruzeirense a fazer boa defesa no canto esquerdo.
Fábio voltou a trabalhar aos 35, em lance inusitado. Danilinho cruzou da ponta direita, Espinoza recuou de peito na pequena área e o goleiro saltou em seu canto esquerdo para fazer a defesa. O Atlético ainda teve falta frontal ao seu favor aos 39 minutos. Coelho cobrou colocado, em cima da barreira, e a bola saiu.
Segundo tempo
O Cruzeiro voltou a campo com atitude e com uma postura bem mais agressiva. A partida ficou franca, movimentada e com chances reais de gol, tudo que faltou ao primeiro tempo.
Logo aos dois minutos, Ramires arrancou na intermediária e chutou com violência sobre o gol de Juninho. Aos sete, Wagner levantou a bola no segundo poste e Moreno quase alcançou. O Galo deu o troco aos sete, com cabeceio de Danilinho defendido por Fábio. O árbitro anulou o lance alegando impedimento.
O grande lance do Cruzeiro ocorreu aos 12 minutos. Marcinho ficou frente a frente com Juninho, depois de lançamento de Ramires, e o goleiro desviou chute à queima roupa para escanteio.
Da mesma forma, Sidnei teve chance de colocar o Atlético na frente aos 13 minutos. Ele arrancou pela ponta direita, sem marcação, e mandou a bola ao gol num misto de cruzamento e chute. Fábio saltou no ângulo direito e fez corte providencial.
Aos 17 minutos, Elicarlos substituiu Jonathan no Cruzeiro, enquanto Gérson ganhou a vaga de Sidnei no Atlético. Dois minutos depois, foi a vez de Danilinho desperdiçar ótima chance. Ele tomou a bola de Espinoza no meio-campo, avançou até a intermediária e preferiu o passe para Marcinho na área. O toque saiu impreciso e Fábio conseguiu fazer a defesa sem problemas.
Marinho até que marcou um gol para o Galo aos 21, mas em condição de impedimento. Aos 25, Marcelo Moreno se esforçou para finalizar dentro da área e sofreu lesão muscular.
A esta altura, o Cruzeiro passou a viver um drama no gramado. Sandro, Marcelo Moreno e Thiago Heleno se queixaram de contusões e Adílson Batista não podia mais promover mudanças.
O Atlético passou a se aproveitar das contusões dos cruzeirenses e cresceu no jogo. Marinho foi substituído por Nicácio e o promovido perdeu gol claro aos 34 minutos. Danilinho cruzou da ponta esquerda, ele desviou na pequena área e a bola saiu à linha de fundo, à esquerda de Fábio, já totalmente batido no lance.
No contra-ataque, Elicarlos deixou Marcinho na cara do gol, ele se embolou com bola na área e permitiu a Juninho fazer a defesa.
Do banco de reservas, Adílson Batista pedia para os cruzeirenses tocarem a bola, de modo que fizessem o tempo passar. O empate era considerado bom resultado pelas circunstâncias do jogo. O Cruzeiro se arrastava em campo com três atletas sem condições.
Aos 41 minutos, Fábio segurou o empate ao defender falta perigosa cobrada por Coelho da intermediária. Aos 43, o volante Marquinhos Paraná viveu o seu momento de herói ao cortar passe de Danilinho para Marcelo Nicácio quase sobre a linha de meta. (UAI)
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9 de mar. de 2008
Galo e Cruzeiro não passam do empate.
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